
O Museu de Arte e Ciência de Campina Grande (MAC) realizou, ao longo de três dias, o programa Conecta MAC, uma iniciativa que reuniu diferentes segmentos da sociedade para impulsionar a construção de uma nova identidade cultural para a cidade e a região.
Com eventos voltados ao turismo, à cultura e à educação, o projeto reforçou o papel do MAC como um espaço de integração e desenvolvimento.
Inaugurado em novembro de 2024, o museu se consolidou como um espaço plural, democrático e inovador, com a proposta de ser o museu mais multidisciplinar do Nordeste.
O MAC e o Turismo
No primeiro dia do evento, 17 de fevereiro, o foco foi o setor turístico, com a participação de empresários, membros da rede hoteleira e profissionais da mídia.
O diretor do MAC, Lucas Olles, destacou a intenção de consolidar o museu como ponto de referência no circuito turístico da cidade, promovendo parcerias estratégicas e incentivando o intercâmbio entre o setor privado e o museu.
“O MAC deve ser um polo irradiador de relações culturais, políticas e de negócios, facilitando a criação de roteiros turísticos e promovendo o intercâmbio com o setor privado”, afirmou Lucas.
Entre os temas discutidos, destacaram-se o impacto do MAC na economia criativa e sua integração com restaurantes e agências de turismo locais.

Cultura e Arte em Evidência
No segundo dia, 18 de fevereiro, o MAC abriu espaço para artistas, gestores culturais e empreendedores da área. Foram apresentados editais de incentivo a projetos culturais, fortalecendo a produção artística local. O objetivo é fomentar a economia criativa da região e garantir que os artistas locais tenham visibilidade e apoio para desenvolver seus trabalhos. Representantes de diversas linguagens culturais, como teatro, cinema, literatura, dança e hip-hop, participaram das discussões.
Karina Dias, responsável pelas relações institucionais do MAC, ressaltou a importância da colaboração entre artistas e o museu para a construção de uma programação diversificada e inclusiva.
“A ideia é criar uma programação colaborativa, onde os artistas locais possam compartilhar suas perspectivas e contar com o apoio do museu”, explicou.

Educação e Formação Continuada
O terceiro dia, 20 de fevereiro, foi dedicado à educação, reunindo diretores, coordenadores pedagógicos e professores. O objetivo foi apresentar o MAC como um centro pedagógico, promovendo a integração entre escolas e o museu.
O diretor do MAC, Lucas Olles, destacou que o museu pretende se tornar uma extensão da sala de aula, oferecendo exposições e atividades educativas. Uma das novidades anunciadas foi a parceria com o escritor Fred Ozanan, cujo livro Rio de Lágrimas será utilizado em circuitos expositivos para abordar temas como sustentabilidade e meio ambiente. A proposta é que crianças e adolescentes, de forma lúdica e reflexiva, desenvolvam uma compreensão mais profunda desses assuntos, conectando-os às suas vivências e a temas abordados em provas como o Enem.
“O MAC se propõe a ser uma grande ferramenta educacional e cultural, proporcionando uma educação contínua e diversificada para todas as faixas etárias”, afirmou Lucas. Para Karina Dias, essa ação tem um impacto transformador, pois estabelece um vínculo direto entre o museu e as instituições de ensino, além de criar novas oportunidades de aprendizado.

Parcerias Acadêmicas e Perspectivas Futuras
No dia dia 25 de fevereiro, o MAC receberá professores de instituições de ensino superior para estreitar laços com o meio acadêmico. O objetivo é transformar o museu em um centro de pesquisa e referência em diversas áreas, com foco na preservação do acervo e na produção de conhecimento científico. Além disso, foi anunciada a ampliação do acesso de escolas estaduais ao museu, incentivando visitas e atividades pedagógicas.
Com um futuro promissor, o evento reforçou que o museu tem como objetivo não apenas ser um espaço de exposição, mas também um ponto de convergência para a arte, a educação, a ciência e a cultura, consolidando-se como um hub de criatividade e inovação para Campina Grande e o Nordeste.